quinta-feira, 25 de março de 2010

A minha teia...

Se os pacotinhos de açúcar contam histórias, também falam diversas linguas, ou linguagens.
Minha aventura pelo mundo deste tipo de coleccionismo fora de Portugal começou com Jose Cabrera, um espanhol de Sevilha, que hoje para além de um bom amigo é um dos meus fornecedores de pacotes oriundos de Espanha.
A primeira troca, é a chamada troca "cega", na medida em que enviei uns 100 e ele outros 100.
Lembro-me de ter recebido uns excelentes pacotes, principalmente para mim, que me tinha tornado coleccionador à tão pouco tempo.
Com a Espanha aqui tão perto e sendo este um país onde abundam, pois qualquer café, tasca, restaurante tem um pacote personalizado, não foi dificil começar a conhecer outros coleccionadores.
(Anna Canela, António Duran, António Mónico, Chorche Paniello, Brunet Reverter, Richarte Martinez, Jesus Centeno, Joan Buch, Juan Villa, Joseph Geli, Juan Guillén, Maria Cinta, Maria Roca, Montserrat Bonet, Xesus Suarez e Luis Salguero, Rosa Florido, etc...)
À medida que a colecção evoluia também me tornava mais selectivo, começei a ganhar preferência por determinados temas, como por exemplo: Meios de Transporte, Natal, Animais, Signos e Plantas ou pacotes individuais da Segafredo, Lavazza, Illy, Mocay, Macdonald's, hóteis, etc...
Se Espanha é fenomenal pela quantidade de pacotes que tem, Itália não ficará muito atrás.
Daí também com alguma facilidade ter chegado aos coleccionadores de Itália (Gaimari, Anna Molinari, Francesco Marzano, Mario Mori, Nicola Adestrini), e ter feito algumas trocas bastante satisfatórias.
Depois de conquistada Espanha e Itália, veio França (Anne Ducroqc, Blain, Mahieus Nicolas, Bastide). Na França os pacotes são bastante bonitos, têm temas super interessantes e diversificados, contudo este é um país onde predominam os cubos e sticks (tubos) de açúcar levando-me a fazer poucas trocas já que o interese por esse tipo de embalagem não é muito grande.
Como português, país dos descobrimentos, também eu não fiquei satisfeito com apenas três países, parti em busca de coleccionadores um pouco por todo o mundo e o mais fantástico disto tudo é que os fui descobrindo.
Encontrei coleccionadores nos Estados Unidos (Corky), Argentina (Daniela Rufolo), Hungria (Istvan), Letónia (Jelena), Macedónia (Natasha), Israel (Rose Mezebecker), Rep. Checa (Pavel), Polónia (Robert), Croácia (Sanja), Rússia (Olga ), Lituania (Vaida Lukoseviciene), Holanda (Liesbeth), Brasil, Colombia e outros que infelismente perdi o contacto.
Agora o mais fantástico ainda, país por mim conquistado este ano, há coleccionadores na Australia.
A troca está a ser analizada por ambas as partes, vamos lá ver...
Para quem há uns anos, se julgava o único a querer juntar estes papelinhos doces, actualmente fico super feliz quando descubro que não só em Portugal existem centenas deles, mas também existem centenas em Espanha, França, Itália e dezenas em tantos países que nunca, mas nunca suspeitaria de tal.
Hoje, deixo aqui a minha gratidão a todos os que ao longo do tempo fui conhecendo, alguns perdi o contacto, mas o pacote na minha colecção é significado da sua "passagem", outros continuam activos e a trocar sempre que possível.
A toda esta fantástica malta, um obrigado, pois nós somos o Mundo!!
To all these wonderful people, thank you, we are the World!!
Para todas esas personas, gracias, somos el Mundo!!
Os coleccionadores no mapa com quem já troquei:


































Aqui deixo imagens de alguns pacotinhos de açúcar da cadeia de food-fast Macdonald's que vieram dos países com quem fiz trocas

sexta-feira, 12 de março de 2010

Serra da Estrela... Naturalmente!

Serra de Estrela, é a segunda maior serra de Portugal, sendo só superada pelo Pico nos Açores.
Tem uma altura de 1993 metros e para completar os 2000 metros, foi construida uma torre com 7 metros.













Partilhada pelos municipios de Seia, Manteigas, Guarda, Gouveia, Celorico da Beira e Covilhã, esta atinge o seu ponto mais alto no concelho de Seia.
Pode-se dizer que para além da sua beleza natural quer haja neve ou não, destacam-se turisticamente o Queijo e o Cão da Serra da Estrela.

O queijo é considerado um dos melhores de Portugal e não faltam locais de venda do mesmo quer no ponto mais alto, quer na pasagem pelas várias aldeias que circudam a serra.
O cão que pode atingir valores como os 500€, é de uma doçura fantástica, posso dizer que é o nosso São Bernardo Português.

Foram muitos os anos que passei sem nunca ter subido até ao ponto mais alto de Portugal Continental, mas de há 8 anos para cá, é uma regra visitar e respirar aquele ar fresco e puro...
Um dos locais mais belos que por ali existem, é sem dúvida o Poço do Inferno.
Trata-se nada mais nada menos, que um local com várias cascatas de água limpida, árvores de grande porte e escarpas carregadas de vegetação, vida e harmonia...
Posso também destacar o Vale Glaciar de onde se dislumbram palhotas, riachos e em tempos do degelo, pequenas quedas de água audiveis ao londo de todo o percurso.
Para quem gosta de natureza e de passear, nada melhor que visitar a Serra da Estrela.

Como não podia deixar de ser, também a Serra da Estrela entra na minha colecção de pacotes de açúcar.
Este pacote infelizmente é um dos milhares que existe na minha colecção e que não tem nenhuma história o envolvendo.
Já viram se todos tivessem uma história....
Este nem sei como o arranjei (mais provável foi numa troca), mas aqui está ele a ser apresentado para finalizar este texto sobre a Serra da Estrela.

terça-feira, 9 de março de 2010

Cafés Capuchinos

Os pacotes de açúcar têm histórias?
Claro que sim, infelizmente nem todos a têm, mas aqui vai mais uma...
Os cafés Capuchinos têm a sua origem em Espanha, tendo como tantas outras marcas de café um pézinho no nosso país.
Sei apenas que a origem desta marca de café, remonta ao inicio do século passado e que a sua sede se encontra em Villa Franca (Córdoba).
O meu primeiro pacotinho Capuchino, ainda não era coleccionador, arranjei-o em Portalegre.
Num passeio depois das aulas, fui ver um mercado de rua alentejano.
Nada difere do mercado dos beirões, tendas, roupas, música, barraquinhas de farturas, churros e mais tendas...
Foi com a fomeca que me dirigi a uma dessas barraquinhas, de lá saía o odor a fritos que logo se atira, sem pedir licença para cima de uma roupa lavadinha e perfumada.
Engraçado é que ainda não fazia colecção de pacotes de açúcar, mas tinha um fascinio por eles, tanto que achava graça a alguns e guardava-os numa caixinha de sapatos.
Mesmo em cima do balcão lá estava o cestinho dos pacotes, um implorava fervorosamente que não fosse rasgado e atirado para o chão como um qualquer papel.
Agarrei nele e trouxe-o comigo bem guardadinho num bolso enquanto que os outros tendo cumprido a sua missão de adoçar o café, se rasgavam em direcção ao chão.

Passados quase 5 anos, aqui está em todo o seu expledor numa colecção que conta com quase 300 exemplares dos cafés Capuchinos, sendo três embalados em Portugal, outros tantos embalados em Espanha e a circular em Portugal (sei da existência de mais dois que me faltam) e a sua grande maioria circulam em Espanha.

Ainda acrescento a esta história um outro pacotinho especial. Já me considerava coleccionador quando num dos passeios a Espanha, mais exactamente a Cáceres, entro num pequeno café e encontro está beleza de pacote "Bocata's".








Deixo aqui no entanto mais algumas imagens, embora não de todos:(
O primeiro é nacional, dos "Cafés Team".

terça-feira, 2 de março de 2010

El Pato

Certo dia de muito calor, Verão no seu auge, aí vou em busca de algo mais.
Atravesso a fronteira de Espanha, passo a ponte, passo o rio, passo os pastos cheios de bovinos, ovinos e caprinos e a recta infinita leva-me à fantástica aldeola de Piedras Albas.

Com um único café, entramos para tomar a primeira bebida.
Em busca do pacote de açúcar, meu olhar fixe-se logo no chão e na máquina que melancolicamente deixava escorrer gota a gota o café, era uma máquina velha, provavelmente tão velha como o seu dono.

O próprio estabelecimento era muito pacato, com um canário que se deixava ouvir, um cão que dormitava por baixo da mesa, calendários de anos já passados pregados na parede e velhotes a beber o copinho de branco talvez já traçado.

Saímos em direcção a Alcântara, passando por esta magnifica ponte romana, onde também existem outros monumentos fantásticos e uma antiga Sé carregada de ninhos de Cegonha Branca. Espanha é extraordinária por isto, rara é a localidade onde não existam condições e infraestruturas para as aves habitarem.
Ao longo da estrada é comum ver nos postes, caixas ninho ou simplesmente postes cujo único objectivo é o ninho da Cegonha Branca e Preta.

A viagem continuava assim como as paragens nas pequenas localidades até que chegámos a Cáceres.

Cáceres, é uma provincia de Espanha com mais de 80 mil habitantes. Tem palácios e monumentos de admirável beleza, tendo sido considerada pela UNESCO património da Humanidade.
Situado estrategicamente na Plaza Mayor (imagem), ficam dois restaurantes bem conhecidos pelos coleccionadores de pacotinhos de açúcar, pelo menos o seu nome.

"El Pato" e "El Toro", e não muito longe, confinado a um beco muito estreito fica também "La Tahona"(deixo imagem do pacotinho).


Foi depois deste longo passeio, depois de percorrer várias ruelas com calçada romana e de disfrutar de toda aquela maravilha, o prazer ficou completo sentados na esplanada do "El Pato" bebendo, rindo e festejando a vida...

Aqui ficam alguns exemplares dos pacotes que ao longo dos anos fui obtendo do restaurante, frente e verso.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cafés Palmeira - Exportação

Ora aqui está um dos meus primeiros pacotes de "exportação". Palmeira Cafés.
Não é certamente o mais raro ou antigo que tenho, mas é sem dúvida por ele que nutro um sentimento de carinho, pois foi apartir deste que evolui neste tema...

Digo "exportação" e não exportação, simplesmente porque este é um pacote embalado em Espanha e não em Portugal e exportado para Espanha.

Na verdade é um pacote de uma marca portuguesa, mas espanhol.
Ainda não me considerava coleccionador, nem ajuntador e já tinha esta beldade guardada numa caixinha de sapatos, junto com mais cento e tal.
Lembro-me bem que por duas vezes tentei iniciar-me neste mundo do coleccionismo dos pacotes de açúcar.
Da primeira desisti, julgando uma "parvoice" e que seria o único a coleccionar, mesmo assim guardava alguns pacotes resultantes de passeios.
Da segunda, tendo observado uma reportagem na TVI sobre um encontro de pacotes de açúcar, fiquei tão maravilhado, que em dois tempos fui buscar a minha caixinha e espanhei ali mesmo no chão da sala os meus pouco mais de 100 exemplares.
Deixo aqui também uma mostra, por ordem de aparecimento de outros pacotes de "exportação" da Palmeira Cafés.






Este pacote em preto, tenho-o desde 2006. Posso dizer que é o mais valioso de entre todos.







Este pacote é originário do Luxemburgo. É muito semelhante aos que circulam por cá, mas as suas medidas são 8.2 x 4.2, tornando bem mais estreito.